Outro dia em meio a algumas reflexões me dei conta de que me lembro dos meus avós é claro, mas não tenho recordações dos meus bisavós.

Isso me fez pensar que daqui a algum tempo quando minha mãe e meus tios se forem, a memória dos meus bisavós, suas histórias, angústias, conquistas e arrependimentos serão esquecidos. Isso significa que se somar algumas memórias… duramos nessa vida cerca de 2 ou 3 gerações antes de virarmos pessoas estranhas em fotos amareladas.

A não ser que você seja o próximo Nelson Mandela, Gandhi ou o Papa, você vai ser esquecido. E isso não significa que você não é importante, mas precisa entender que não é imortal. 

Uma vez vi um filme onde o personagem principal que tinha uma doença grave, dizia que o seu único medo era o de ser esquecido. E então disseram à ele que eventualmente todos seremos esquecidos um dia. Talvez não hoje, ou no próximo século, mas em algum momento nossas memórias não vão mais existir.

Mas quando eu penso em duas ou três gerações, é um espaço muito curto de tempo. Isso faz com que eu me sinta um soldado figurante em uma história de guerra. Você viveu, sentiu, mas não é a sua história que será contada. Usando essa analogia, eu só consigo pensar que devemos escolher melhor nossas batalhas mesmo que elas não nos tornem imortais. Mas que de certa forma façam com as poucas gerações que seremos lembramos…sejam mais que o suficientes.