Na vida você nasce, cresce, estuda, compra um carro, consegue um bom e seguro emprego, então você casa, compra uma casa (ou vice e versa), tem filhos, paga os estudos dos filhos, e depois, você aproveita a vida comprando uma viagem pela CVC.
Bom, pode ser que isso não se aplica a todo mundo. Mas se aplica ao modelo de vida que muitas pessoas que se espantam com o meu gosto por viajar. Muita gente pensa que eu sou rica porque eu tento viajar pelo menos uma vez por ano, mas a verdade é que eu acabo abrindo mão de muita coisa pra isso. Não posso ser injusta, sei que muita gente tem outras prioridades, por isso esse texto se aplica a um público mais específico.
Tem um ditado que diz que “Quanto mais você ganha, mais você gasta”. Isso porque você precisa trocar de carro e celular todo ano, usar roupas de marca, comprar um sofá em L, comprar produtos gourmet, comprar cosméticos caros e mais um monte de coisa necessária. Necessária mesmo? Fazendo referencia a tradução de uma música do Soja que eu gosto bastante “Talvez precisemos de mais sapatos em nossos pés, talvez precisemos de mais roupas e uma nova TV, talvez precisemos de mais dinheiro e jóias, ou talvez nós não sabemos o que nós precisamos”.
Talvez esse seja o sonho de muita gente, não é o meu, mas quem sou eu para discutir? A questão é que manter babás, empregadas, casa na praia, lavanderia, móveis caríssimos e roupas de marca podem ser o sonho de muita gente. Só que, mesmo em quem se delicia com essas coisas, a obrigação auto-imposta de manter tudo isso – administrar essa estrutura que acaba se tornando cada vez mais complexa – acaba fazendo com que o conforto se transforme em escravidão sem que você se dê conta disso.
O que é importante considerar é a diferença entre o que eu quero e o que eu preciso. Eu preciso de um carro? Sim. Eu preciso de um Porshe? Não. Eu quero um Porshe! Mas não preciso. A diferença é essa.
Em outros países manter uma empregada é luxo até mesmo para as famílias de classe média. Todo mundo encosta a barriga no fogão, varre a casa e lava a própria roupa. Troca-se de carro com mais frequência sim, porém convenhamos que as taxas nem se comparam com as do Brasil.
Gosto de viajar, porque quando estou conhecendo lugares e pessoas diferentes a vida se torna menos complicada e mais racional. Me da equilíbrio. Mas isso também significa que preciso dar duro e abrir mão de muita coisa por isso.
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Até a próxima!